Quando o assunto é educação e inclusão, existem aí uma série de questionamentos que
afligem as famílias e a escola, principalmente no início do ano letivo sobre o processo de
aprendizagem de educandos que exigem de adequações no processo de ensino. Desta
forma, nós, os Psicopedagogos, somos bastante consultados para alinhar estratégias de
ensino na escola e analisar sobre a necessidade de adequações curriculares pensando
na inclusão e desenvolvimento do aluno que apresenta essa necessidade educacional.
Várias são as dúvidas e questionamentos sobre esse processo, principalmente depois da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação da Educação Nacional, a Lei nº 9.394/96 que trata também da perspectiva de uma educação inclusiva e que contemplam as adaptações e adequações curriculares necessárias para que a escola inclusiva atenda esses educando em suas necessidades e particulares que são bem específicas.
Como funcionam as adaptações curriculares?
As adaptações curriculares constituem nas possibilidades e estratégias de ensino para atuar de forma direcionada de frente às necessidades e dificuldades apresentadas pelo educando. Sugere que a equipe escolar junto à família e até mesmo a equipe multidisciplinar que acompanha a criança, pensem na adequação do currículo regular alinhado às condições do perfil cognitivo do aluno, sendo reajustado a partir do PEI (Plano de EnsinoIndividualizado), bem como as atividades pedagógicas, de avaliação e de estratégias de ensino.
O que é o Plano de EnsinoIndividualizado?
O PEI é um instrumento que orienta a equipe escolar em relação aos objetivos, atividades pedagógicas e formas de avaliação de cada individuo, partindo de uma sequência lógica de conteúdo alinhada ao currículo regular de acordo com o perfil cognitivo e particularidades do educando. Neste documento as estratégias de ensino é uma forma de mensurar a evolução da criança e também serão contemplados com o objetivo de incluí-lo em todo processo de ensino.
Afinal, quando a criança tem o direito a essas adequações?
Geralmente quando os educandos necessitam de uma avaliação diagnóstica ou que apresenta uma síndrome ou outros transtornos relacionados ao neurodesenvolvimento, são crianças que certamente exigem para sua efetiva inclusão em escolas regulares, seja ela pública ou privada, de um plano de ensino individualizado e metodologias que promovam o aprendizado, e outras estratégias que envolvam inclusive não só a parte pedagógica, bem como as habilidades sociais, de linguagem e comportamentais. Uma vez que essas crianças apresentam comprometimentos em relação a alguns preditores para aprendizagem. Vale ressaltar, que todo esse processo está previsto na Lei nº 9.394/, que ampara o pleno acesso ao ensino de qualidade que respeite todas as suas especificidades.
Como a escola e a família podem contribuir nesse processo?
As adaptações curriculares de modo geral, envolvem novas possibilidades nas estratégias de ensino, adequações nos objetivos e conteúdos abordados e exige do educador e equipe escolar uma organização didática em relação a recursos, atividades pedagógicas, adaptação do ambiente, das estratégias e avaliação. A familia é também parte integrante desse processo porque colabora com informações essenciais que ajudam a equipe escolar entender as preferências do educando, a forma
como ele se comporta e se relaciona, e todos os pontos importantes de sua vida escolar que podem contribuir com o processo de adaptação.
A participação de um Psicopedagogo(a) poderá auxiliar no processo de adequação curricular e essa parceria tem como objetivo alinhar e junto a escola, estratégias e recursos necessários para construir o PEI de acordo com o perfil cognitivo do aluno, afim de propiciar a criança meios que facilitem o processo de aprendizagem, com recursos apropriados que potencializam o aprendizado.